segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Manuel dos Santos




Ontem, 17 de Fevereiro (Domingo), o programa Heranças D´Ouro, na RTP Memória foi dedicado a MANUEL DOS SANTOS, exímio Toureiro, para muitos o melhor Matador de Toiros Português de todos os tempos, que encheu praças, arrastou multidões, e foi figura pública destacada aqui e além fronteiras, tendo toureado pelo mundo fora (Portugal, Espanha, México, França, Colômbia, Venezuela, Equador, Angola, Moçambique, Macau, Indonésia, etc!) e chegado a ser, em 1950, com 93 corridas toureadas, o 1º no escalafon (a lista que é feita no mundo taurino, para os menos aficionados...) dos matadores com mais corridas toureadas em todo o mundo!!!
Para que os mais velhos relembrem outros tempos, em que a Festa Brava se equiparava em importância e seguidores, a futebois e afins, e para os mais novos, que não conheceram esta Época de Ouro da nossa Festa, .....OLE!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Versículo


Regressado de umas curtas férias, que serviram também para cumprir luto pela nefasta data que se assinalou no último dia em que lavrei uma posta nesta Taverna, regressam os fados à tasca cibernética. O prato do dia hoje é o Fado Versículo. Nem mais a propósito podia ser. Passámos grande parte da noite de Terça passado no Bota Alta à volta da magnífica composição do Fado Menor, cristalizada por Alfredo Marceneiro. A letra regada pelo licor de poejo que se ia bebendo foi a de Hélder Moutinho, que se reproduz em seguida. Por coincidência foi nesta semana que Carlos do Carmo ganhou o prémio Goya, graças ao Fado da Saudade que interpreta no filme Fados de Carlos Saura. Um imensa polémica tem agitado as hostes fadistas, já que a canção premiada mais não é que o Fado Versículo de Alfredo Marceneiro. Pode-se acompanhar tudo no site do Vitor Duarte Marceneiro aqui. Independentemente de achar muito negativo que Carlos do Carmo afirme que se trata do Fado Menor em geral (e por isso não necessitar de pagar direitos de autor) ocultando o que é óbvio para qualquer conhecedor de fado - trata-se do fado versículo – não perfilho a opinião de que o prémio não é merecido já que a interpretação é uma componente importantíssima do mesmo. De qualquer forma no Lisboa no Guiness podem acompanhar toda a polémica e deixar a vossa opinião.

O Que Trago o Que Trazes

Letra: Hélder Moutinho
Música: Alfredo Marceneiro (Fado Versículo)

Trago um gesto no olhar quando te vejo
E ternura no calor dos meus sentidos
O amor é como um beijo de sobejo
E as paixões são como sonhos proibidos

Trago toda a primavera em minha voz
E a saudade que há-de vir eu adivinho
A fogueira de paixão que existe em nós
Queima todas as tristezas do caminho

São meus versos os teus versos quando canto
São meus sonhos os teus sonhos nosso fado
Não há fumo, não há névoa, não há pranto
Nem tristezas para morrer no passado

O que trazes já não sei, não adivinho
Pode ser o mar inteiro, a tempestade
Pode ser uma saudade ou um carinho
Pode ser o grande amor da nossa idade

(Outros artistas gravaram versões desta letra, como Joana Amendoeira e João Chora).

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008